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Mesa de trabalho com documentos, laptop e gráficos que mostram fluxo interrompido de processos logísticos no comércio exterior

Principais gargalos no comércio exterior

O comércio exterior foi se tornando, nos últimos anos, uma teia de desafios para empresas brasileiras que buscam importar ou exportar de forma segura e previsível. Se por um lado as oportunidades de negócio aumentam, por outro, os gargalos enfrentados em 2025 pressionam margens, prejudicam a competitividade e, em muitos casos, causam insegurança até nos empresários mais experientes.

Não dá para crescer quando o trânsito é sempre imprevisível.

O papel da burocracia no ciclo do atraso

Nenhuma surpresa aqui: a burocracia continua como um dos maiores obstáculos. Processos cheios de etapas, formulários com exigências específicas, mudanças constantes no Portal Único de Comércio Exterior e regras pouco claras afetam tanto pequenas quanto grandes companhias. Em uma semana comum, basta um documento escaneado de maneira equivocada para travar uma operação inteira e, em questão de horas, gerar custos extras. Multas por falta de certidões ou prazos perdidos viram rotina em muitos departamentos.

Segundo informações de especialistas como Ricardo Sennes, da USP, esses entraves burocráticos acabam afastando empresários do mercado, pois não enxergam clareza e confiabilidade para tomar decisões importantes de exportação e importação.

A falta de integração: cada parte por si

Ainda é comum encontrar processos em que empresa, despachante, agente de carga e transportadora se comunicam apenas através de e-mails, ligações e grupos de WhatsApp. Cada um tem uma parte da informação, mas quase ninguém tem o quadro completo. Quando a comunicação falha, ou um anexo se perde em alguma caixa de entrada, o resultado pode ser dramático: containers parados, taxas de armazenagem imprevisíveis, perda de janela no terminal e demurrage que escalam de valor rapidamente.

São situações corriqueiras no cenário portuário brasileiro, gerando perdas diretas e indiretas para todos os envolvidos, conforme apontam relatos sobre atrasos portuários. O impacto desse descompasso gera custos, estresse e alimenta um ciclo sem fim de retrabalho — afinal, documentações corrigidas de última hora ou informações desencontradas nunca saem barato.

Fluxo logístico de importação com pessoas, containers, papéis e computadores conectados Custos logísticos fora de controle

Custos imprevisíveis conectam quase todos os outros gargalos. Uma pesquisa recente da Confederação Nacional da Indústria aponta que 60,7% das exportadoras citam o transporte internacional como principal obstáculo, crescendo muito em relação aos anos anteriores. Após a pandemia, essa incerteza ficou mais evidente.

O aumento dos fretes marítimos, por exemplo, assustou empresas em 2022: algumas rotas viram os preços dos contêineres triplicarem, afetando o fluxo de caixa e o planejamento de importadores e exportadores. Isso tudo contribui para que, muitas vezes, empresas pensem duas vezes antes de embarcar em novos contratos.

A ausência de visibilidade na cadeia

Outro aspecto é a falta de transparência. Saber exatamente onde está a carga, qual o status de um documento, se o transporte será encaixado na janela correta ou qual o tempo de desembaraço real — tudo isso costuma ser nebuloso. Em ocasiões, a carga está parada em algum terminal, e só se descobre quando o demurrage já corre há dias.

Como destaca Alexandre Lobo, da Camex, a ausência de informação clara e centralizada é um dos grandes gargalos do setor. É como pilotar no escuro.

Margens diminuem cada vez que um erro se repete.

Soluções: por onde começar?

Existem vários caminhos. Mas para romper esse ciclo, três estratégias podem ajudar bastante:

  • Automatizar tarefas repetitivas: evitar erros manuais ao apoiar-se em sistemas que avisam quando algo está fora do padrão ou prestes a vencer, especialmente relacionados a documentação e alertas de desembaraço.
  • Adotar plataformas integradas: centralizar todas as informações em um único ambiente colaborativo. Assim, todos os agentes — internos e externos — acompanham as etapas da operação, consultam status, trocam mensagens e visualizam indicadores em tempo real.
  • Desenhar workflows claros: padronização dos passos de cada processo, definindo quem faz o quê, prazos e conjuntos mínimos de dados necessários para cada fase.

Essas são práticas que a Cometrix entende muito bem. Nossa experiência mostra que é possível transformar processos truncados em fluxos ágeis, com dashboards, painéis de controle e alertas automatizados. E, ao contrário de soluções fragmentadas de mercado (e sem citar nomes…), trabalhamos com integrações nativas aos principais ERPs, conectando até mesmo sistemas governamentais como Portal Único e Siscomex.

Como mapear gargalos e envolver parceiros

Gestores atentos, quase sempre, buscam respostas além da intuição. O primeiro passo é mapear os gargalos: identificar onde estão os atrasos sistemáticos, em quais pontos os erros de documentação surgem, ou por onde a comunicação se perde. Após esse diagnóstico, o caminho é envolver todos os parceiros na conversa — despachantes, agentes de carga, transportadoras e, se possível, o próprio cliente final. A informação compartilhada reduz surpresas.

Indicadores são aliados indispensáveis. Monitorar prazos médios de desembaraço, frequência de multas, ocorrências de demurrage, tempo de resposta dos parceiros e taxas de aprovação documental traz clareza sobre onde o processo enrosca. Plataformas como a Cometrix já contam com dashboards para esse acompanhamento, reduzindo o retrabalho na apuração e melhorando a tomada de decisão operacional.

Dashboard digital de operações de comex mostrando atrasos, prazos e alertas Caso queira detalhar estratégias práticas para identificar e superar barreiras, vale ler o nosso artigo sobre estratégias para superar barreiras ou a análise sobre os impactos dos gargalos na exportação. Temos também um conteúdo especial que detalha os desafios mais comuns no comércio exterior, assim como dicas para melhorar processos e reduzir riscos.

Caminho para frente

Mesmo diante de tanta incerteza, sempre há espaço para evoluir. Acho que ninguém precisa mais sofrer com retrabalho, comunicação falha ou custos inesperados. Experimente olhar para soluções integradas, automações e, principalmente, escolha parceiros que atuem juntos na construção de processos mais claros. A Cometrix está pronta para transformar a forma como você encara o comércio exterior. Que tal conhecer mais e avançar para um novo estágio de gestão?

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